"Lugar de pastor e na igreja pregando a palavra e não fazendo manifestações nas ruas”


Você concorda com a fala crítica de uma internauta que apoiou a prisão de um pastor por ele se manifestar?

Será mesmo que lugar de pastor é apenas pregar de maneira cômoda dentro dos templos? Para tratar do assunto, primeiro é preciso compreender qual é a função de um pastor dentro do conceito e do termo aplicado.

No contexto literal apresentado pela Definições de Oxford Languages, a palavra se refere ao indivíduo que leva os animais ao pasto e os vigias. Já no contexto do que refere aos cuidados de pessoas, ele reconhece como sendo um guia espiritual.

Definido de forma não tanto aprofundada da definição da palavra, voltemos ao caso ocorrido nesta semana e que foi notícia na imprensa de todo país.

Um pastor da cidade de Vila Velha, Espírito Santo, conhecido como Fabiano Oliveira, foi preso pela Polícia Federal por participar e expor seu posicionamento sobre o momento atual do Brasil.

Um veículo de imprensa chegou a publicar no título da matéria o classificando como criminoso: ” Pastor bolsonarista é preso por participar de manifestações criminosas”.

 Ora o argumento para perseguir está tão chato que não se encontra um nome adequado para se referir a tal. Assim, de igual modo, mesmo não sendo malfeitor, o líder espiritual recebeu o nome de criminoso.

 Ao que tudo indica, ele foi preso a mando de um ministro do STF, com o argumento acusatório de que ele não passava de agitador e antidemocrático. Talvez isso seja apenas mera semelhança com tempos passados, quando alguns discípulos de Jesus Cristo por se manterem pregando a verdade, também eram acusados de agitadores. Martin Luterking do mesmo modo. Ainda compondo a lista não poderia ficar de fora Nelson Mandela.

Mas talvez aos críticos a compreensão ainda não esteja muito clara sobre o papel de um pastor e cidadão. Se manifestar é uma prerrogativa prevista na Constituição Federal, faltaram então elementos para compreender os motivos reais para tal prisão. Afinal, ele é pastor, mas também é cidadão. Assim sendo, procurou o local adequado para exercer seu direito, a rua.

Bem, diante do exposto considerando por um dos lados como arbitrários, já pelo outro como bem aplicada a lei; em cima do muro nota-se que há muitos que não compreenderam qual de fato é o papel de um pastor ou líder espiritual.

Pois bem, se na compressão do dicionário citado acima a leitura diz que ele é um guia espiritual no que tange à condução das ovelhas, não seria dever destes conduzir seus liderados dentro da mais absoluta verdade? Confrontar as injustiças não faz parte do legado cristão?

Não seria dever dos pastores utilizar todas as páginas das escrituras que são hábeis para ensinar e admoestar, para a pregação do que conduz a clareza de entendimento?

Mas será que estando nas tribunas diante de seus membros seria possível descortinar o contexto atual, ainda que sem qualquer intenção ou lado partidário, mas mostrando a verdade, se abster do contexto político atual?

Ora, é preciso deixar registrado que ela, a verdade, não é apenas atribuição dos crentes e católicos, mas sim de todos que zelam pelo o bem.

Estaria então errado o pastor cujo foi acusado por uma internauta de que ele deveria estar pregando nos templos e não se manifestando nas ruas? Deveria ele ficar calado e para negar os fatos dizer que aos crentes que não devem participar das discussões que transformam a sociedade de seu país para das futuras gerações?

Que sabe, talvez, ele tenha entendido que permanecer calado num curto espaço de tempo, não impedirá que amanhã os tiranos adentrem pelas portas de seus templos tentando doutrinar o que os homens de bem poderão ou não ensinar.


   POR: Eliene Smith

 

 

  

 

 

 

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