que saudade bate no peito, vou procurando um jeito
mas nunca volta jamais,
Ê sertão, você tens uma aguda espada, que está em mim cravada,
é meu algoz da jornada é difícil te esquecer,
Das tuas relvas molhadas, e as estradas desenhadas,
dos rastro das criação,
É sertão, você me viu criança, encheu meus olhos de esperança,
de um mundo em formação,
Aos poucos eu fui crescendo vendo tudo florescendo,
na terra fofa do seu santo chão,
Ê sertão, o sol que te deu calor, queimou pele e suor, mas não deixei a paixão,
Sertão véio danado, escondes mistérios sagrados, se orgulha da exibição,
Suas árvores são pujantes, parecem ser debutantes nos raios do sol a dançar,
Sua noite é uma harmonia no clarão da lua há sinfonia de uma canção sem parar,
Sertão por sempre eu sou grato, por culpa tua fui chamado homem do mato, não me causou desprezo não,
Sempre que vejo sua grandeza, me impressiona as riqueza,
que veio de ti sertão,
Tua gente é ordeira e muito hospitaleira, e não tem orgulho não,
No sertão tem simplicidade, que não vê aqui na cidade,
onde tudo é ilusão,
Sertão revirado na enxada, deixa as mãos calejadas, tratando da alimentação,
Gente no sertão perde o nome, perde até o sobrenome, isso que muito me admira,
Chico fala errado é caipira, dona Tiana até que se vira, mais aqui não tem jeito não,
Sertão é cheio de lenda, eu peço a Deus que me defenda, dessa grande modificação,
Da gente almofadinha, que passa dá uma risadinha, de um caipira de sapatão,
Essa gente esquisita, não sabe que é dessas mãos benditas, que elas comem o pão,
No sertão tem paz todo ano, não é um povo profano, que só sabe debochar,
Quando encontrar um homem da roça, que veio lá do sertão,
trate com todo respeito, mostre sua educação,
quando senta na mesa, tiver arroz e feijão,
sertão e caipira está ali, sendo orgulho da nação.
Por: Daniel Mendes
Compositor e cronista
Radialista/Locutor e apresentador
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