Artigo de opinião: Cala boca já morreu que nada, a censura está mais viva do que nunca no Brasil

                                                                           



 

Surpreendam-se quem quiser, a frase que afirma que censura era coisa do passado foi dita exatamente por uma ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), ao afirmar que a medida havia sido banida quando declarou “Cala boca já morreu”. Dias depois, a mesma magistrada parece ter mudado de ideia.

Talvez isso ocorra porque estamos no Brasil. É comum ver por aqui pessoas querendo dar sempre um jeitinho à moda brasileira. Porque as coisas seriam diferentes com uma membro da mais alta corte do país?

A esculhambação é tamanha, que meses depois, a mesma ministra, que jurou salvaguardar o que diz a Constituição Federal, repensou a postura e resolveu fazer vistas grossas ao permitir que ela, a banida censura, revivesse com o aval de partes dos ministros da suprema corte.

A desculpa para abrir a porteira para inconstitucionalidade foi tão incoerente que até mesmo os céticos custam acreditar nas palavras ditas por ela:

“Este é um caso específico que estamos na iminência de ter o segundo turno das eleições. A inibição é até o dia 31 de outubro, o dia subsequente ao segundo turno. Para que não haja o comprometimento da lisura, da rigidez, da segurança eleitoral e dos direitos dos eleitores. Mas eu vejo isto como uma situação excepcionalista e que se de alguma forma isto se comprovar como desbordamento para uma censura, deve-se imediatamente reformular essa decisão no sentido de acatar integralmente a Constituição e a garantia da liberdade contra qualquer tipo de censura”, disse a ministra Carmen Lúcia.

Ora, a inibição do que poderia ser dito foi permitida até o dia 31 de outubro! Não seria isto censura prévia? Como assim? Mas não era a censura que já tinha sido mandada calar a boca?

 Talvez só os leigos entendam que a lei já existe e não cabe a qualquer jurista a reformular, mas sim cumpri-la. Até porque, para que ocorra mudança na lei, democraticamente, existe o congresso federal e o senado. Por isso, o povo por meio do voto, escolheu entre as muitas opções, quais candidatos deveriam ser a sua voz nas casas de leis. 

Já ao judiciário, que não foi eleito para ser representante do povo, ao entendimento de quem sabe pode ser considerado como sendo néscio, não lhes caberia essa atribuição.

 Mas como as coisas no Brasil andam mesmo de pernas para o ar, a descrença cresce ao tamanho que muitos ficam a pensar: Até onde a corda vai esticar sem arrebentar? Essa pergunta paira de forma insistente no ar e não quer calar.

A expectativa para ver ao que mais parece uma disputa para se ter um vencedor se assemelha a uma partida de pingue e pongue. Num momento os olhares estão de um lado, ao mesmo tempo no outro. Será mesmo que o pau que bate em Chico também bate em Francisco?

Quem já entendeu o momento que estamos vivendo por aqui, já anda com os olhos bem abertos. Na visão dos mais antigos, o que se entende é que quem não respeita a lei, por ela mesmo é condenado.

 POR: Eliene Smith 



 







Um comentário:

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