É comum
presenciar nos dias atuais cenas de crianças conectadas à rede de internet. O
atrativo dados pelos pais como ferramenta de distração, está nas ponta dos
dedos por meio de uma tela que cabe na palma da mão.
O sonho de
ganhar uma boneca, um carrinho com controle, um skate ou quem sabe uma
bicicleta para interagir com os amigos, para muitas crianças já são vistos como
ultrapassados. O point do momento é ganhar um celular que permite baixar
aplicativos de entretenimento e jogos.
Enquanto, de
um lado estão os pais dispostos a comprar aparelhos sofisticados para realizar
o desejo dos filhos, do outro estão as empresas de tecnologia e software
desenvolvendo produtos para um mercado bilionário.
Em 2020, durante a fase ascendente da pandemia, o mercado de games
mobile lucrou um total de UU$ 100 bilhões de dólares. Para manter o negócios
dos jogos aquecido, as empresas buscam inovar com intuito de impedir a
redução da arrecadação.
Mas os
interesses não são apenas comerciais. Quando falamos do uso de celulares, é
possível constatar que há pais e responsáveis que prefiram disponibilizar
um smartphone nas mãos dos pequenos com objetivos de calá-los ou até
mesmo de distraí-los. A medida não se restringe apenas às crianças
maiores, bebês de colo são aliciados pela mesma ação.
Enquanto a
tecnologia toma contas dos lares de plebeus e nobres, o relacionamento afetivo interpessoal entre familiares dentro
de uma mesma casa fica cada vez mais distante.
Sem que
percebam, crianças que ainda precisam de orientação estão sendo postas em
segundo plano. Pensando fazer o bem para os filhos, mães/pais contribuem de
forma negativa quando o assunto é a construção do conhecimento, das
habilidades, do desenvolvimento, da socialização e da empatia.
Mais do que
ganhar um celular, os filhos precisam de atenção, do amor dos genitores ou
responsáveis, da presença no acompanhamento escolar e de momentos de lazer.
Inviabilizar
para que a tecnologia em pleno século XXI chegue na infância talvez não
seja o melhor caminho, porém orientar a dosagem em relação ao uso de celulares
de modo que não transforme crianças em seres dependentes e improdutivos é na
atualidade o maior desafio.
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