Nesta sexta feira 27 às 15 horas o CINPEA (Conselho Interdenominacional de Pastores Evangélicos de Angélica) reuniu nove pastores de várias denominações, sendo eles, pastor Daniel Mendes, da Assembleia de Deus Missões, pastor Alberto Fernando Rezutti, Igreja do Evangelho Quadrangular, pastor Santana, Igreja Shekinah aos Pés da Cruz, pra. Sunamita Melo Faro, Assembleia de Deus Alicerce de fogo, pastor Aurélio Martinez, Comunidade Tempo de Vida, pastor Ananias Pereira dos Santos, Assembleia de Deus MS, pastor Tedimar Dias, Igreja Cristã Tempo de Salvação, pastor Marcelino L. de Souza, Igreja Só o Senhor é Deus, pastor Ulício Souza Rodrigues, Igreja Evangélica Pentecostal Jesus é a Vida.
O pastor Santana, presidente interino reuniu com os pastores citados na sala de Reuniões Daniel Berg da ADM, e expôs ao presentes um balanço dos últimos dez dias com os templos fechados, o assunto durou cerca de uma hora e meia, com a fala de cada participante todos apresentaram sua preocupação com a pandemia viral que nosso país está vivendo, lembrado que o caos é mundial. O veterano pastor Ananias da ADMS foi "enfático "estamos colaborando com o decreto 54/2020, e devemos ser obediente as leis impostas, porém é difícil ver nossos templos fechados sem nossas costumeiras reuniões de louvores, mensagens e oração pelo povo, afirma". As discussões foram em torno do decreto presidencial que dividiu opiniões em toda esfera social, os pastores falaram na possibilidade de rever junto ao prefeito do município de Angélica a possibilidade de poder abrir os templos num horário mais cedo que o de costumes, com duração cerca de uma hora apenas, atendendo o apelo da secretaria de saúde o critério de espaçamento entre pessoas de 1,50 mts, de distância entre pessoas, e também oferecer produtos de higienização antes e pós cultos de forma que possa dar tranquilidades nas reuniões com seus frequentadores. O Presidente interino pastor Santana, fala "nós não estamos afrontando o decreto, porém é difícil para nós pastores ver nossos membros perguntando quando isso vai acabar? e sem contar com as situações que a igreja enfrenta no atendimento aos seus membros e cobram uma solução, uma vez que são os mantenedores, ficamos entre a cruz e o punhal, conclui Santana". O pastor Daniel da ADM, expôs uma proposta que seria de viabilizar um diálogo com prefeito municipal, ministério público e demais órgãos que compõe todo processo de segurança e vigilância à epidemia e que os templos possam ser abertos nos horários de seus cultos oficiais, desde que haja um entendimento com o decreto presidencial e municipal, onde todos os pastores comprometeriam a redução de público, classificariam os frequentadores, neste caso os idosos seriam aconselhados a ficar em suas casas, como já é a prática na pandemia, nas entradas dos templos, os porteiros, diáconos e diaconizas, fizessem uso de máscaras, luvas como também recepcionariam os participantes de forma contida, com materiais assépticos dando segurança e tranquilidade aos membros e visitantes.
Um dos assuntos que muito caloroso e debatido, foi o artigo 5º da constituição brasileira, leia na íntegra:
O artigo 5º, em seu sexto inciso, afirma que:
“Inciso VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”
Esse inciso garante que todos os brasileiros e estrangeiros que moram no Brasil são livres para escolher sua religião, praticar e professar sua crença e fé, seja num ambiente doméstico ou em um lugar público.
Isso significa que os governos não podem agir no sentido de obrigar as pessoas a adotarem uma ou outra religião ou de proibir os cidadãos de seguirem uma crença e participarem de cultos, por exemplo. Assim, os brasileiros e estrangeiros que se encontrem no território nacional, devem ter a liberdade de escolher se serão católicos, evangélicos, umbandistas, espíritas ou adeptos de qualquer outra religiosidade.
E é claro, também é um direito de todos optar por não seguir uma religião se assim desejarem. A Constituição de 1988, ao garantir a liberdade de consciência, além de prever a liberdade para as pessoas escolherem sua religião e exercerem a sua fé, garantiu também o direito de não ter religião ou de ter convicções filosóficas que não estejam vinculadas à alguma religião.
Por unanimidade todos os pastores entraram num consenso de que reverão o decreto junto ao poder público, buscarão uma solução prudente, responsável e por meio do diálogo sem agredir a qualquer normas, desde que sejam ouvidos pelas autoridades. O pastor Marcelino ressalta, "as igrejas contribuem não somente com a questão espiritual, ela é uma agência de restauração de cidadãos na sociedade, conclui", a reunião foi encerrada com oração e grande emoção entre todos os pastores, dito pelo pastor Ulício, que "foi uma benção".
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