Ética do comportamento cristão

Versículo-chave: “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo” (Fp 1.9-10).
Alvo da lição: Você conhecerá os passos para chegar à excelência da vida cristã sem “mur­murações nem contendas”.
Leia a Bíblia diariamente
SEG Fp 1.27-30; TER Fp 2.1-4; QUA Fp 2.12-18; QUI Mt 5.38-42; SEX Mt 6.19-24; SÁB Mt 6.25-34; DOM Mt 7.1-5

Iniciamos esta lição com Provérbios 26.18-20: “Como o louco que lança fogo, flechas e morte, assim é o homem que engana a seu próximo e diz: Fiz por brincadeira. Sem lenha, o fogo se apaga; e, não ha­vendo maldizente, cessa a contenda”.
Paulo começa a seção ética de sua carta aos Ro­manos com a excelência do “culto racional” e da diversidade dos dons espirituais que devem estar a serviço da igreja. Entre os dons espirituais e os degraus do comportamento cristão, exatamente no começo de Romanos 12.9, ele coloca a pedra angular da ética cristã: “o amor seja sem hipocrisia”. O amor, que é realmente o princípio governante da vida cristã, é mais do que uma emoção, e é de natu­reza mais firme do que mero sentimentalismo ou pura filantropia. Salomão poetiza esse amor sem hipocrisia, dizendo: “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes laba­redas. As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Ct 8.6-7). A partir do “amor sem hipocrisia”, vêm os degraus da ética do comportamento cristão, que vamos estudar em lições seguintes. Nesta lição trataremos de seis desses degraus.
I – DETESTAI O MAL
Detestar o mal é o mesmo que odiá-lo. Paulo usa várias vezes a palavra “fugir” para significar a re­pulsa que o cristão deve ter das coisas que são más (1Co 6.18; 10.14 e 1Tm 6.11): “Tu, po­rém, ó homem de Deus, foge destas coisas”. Carlyle, escritor cristão, comentando esse texto, diz: “O que necessitamos é ver a infinita beleza da santidade, e a infinita maldição e o horror do pecado”. O apóstolo João, em sua primeira epístola, coloca esse “detestai o mal” da seguinte maneira: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo2.15).
II – APEGAI-VOS AO BEM
O verbo “apegar” sugere um desejo intenso de apropriar-se de alguma coisa. O salmista assim se expressa: “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água.” (Sl 63.1).
O comportamento ético do cristão é uma busca constante e intensa do que é bom. As palavras usadas por Paulo são firmes: “detestai” e “apegai”. Elas podem ser ilustradas com dois versos de Colossenses, como veremos a seguir.

1. Detestai
“Agora, porém, despojai-vos, igual­mente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos des­pistes do velho homem” (Cl 3.8 e 9).
2. Apegai-vos
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longani­midade” (Cl 3.12).
Tudo isso nada mais é do que empurrar para longe de nós o mal e abraçar de corpo e alma o que é bom, o que edifica.

III – AMAI-VOS CORDIALMENTE UNS AOS OUTROS
Devemos ser afetuosos uns com os outros em amor fraternal. A palavra “cordialmente” é que qualifica esse amor. “Seja constante o amor fraternal. Não negli­gencieis a hospitalidade, pois alguns, pra­ticando-a, sem o saber acolheram anjos” (Hb 13.1-2). Esse degrau do com­portamento ético do cristão é um dos muitos mandamentos da mutualidade. O amor cordial é recíproco: “uns aos outros”. Dentro da igreja não somos estranhos; muito menos unidades isoladas. Somos irmãos, porque te­mos o mesmo Pai. A igreja não é um clube onde as pessoas se associam; nem simplesmente uma reunião de amigos. A igreja é a família de Deus. A reciprocidade no amor é a marca mais visível no Corpo de Cristo.
IV – NO ZELO, NÃO SEJAIS REMISSOS
O descuido da vida cristã acarreta sérios problemas. O cristão não pode tomar as coisas de qualquer maneira. O nosso cotidiano é sempre uma alternativa entre a vida e a morte. O tempo é curto e a vida terrena é uma preparação para a eternidade. O profeta Jeremias exorta-nos: “Mal­dito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!” (Jr 48.10). Costuma-se dizer que o cristão pode abrasar-se, porém nunca oxidar-se. Jesus, em carta à igreja de Laodicéia, exorta: “Eu repre­endo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Ap 3.19).
V – SEDE FERVOROSOS DE ESPÍRITO
William Barclay, comentando esse degrau da ética do comportamento cristão, diz: “Devemos manter nosso es­pírito sempre em alta. Espírito fervoroso é espírito que transborda em amor por Deus e pelo próximo. Ilustra-se esse fervor com uma vasilha de água fervendo no fogo”. Foi exatamente nessa dimensão que Jesus advertiu a igreja de Laodicéia: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem deras fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Ap 3.15-16). O que se requer do verdadeiro cristão é que ele seja “fervoroso de espírito”. Isto é, uma pessoa entusiasmada e apaixonada pela salvação das almas e pela santificação da Igreja.
VI – SERVINDO AO SENHOR
Quem serve ao Senhor, está servindo ao seu próximo, e quem serve ao seu próximo está servindo ao Senhor. Jesus coloca esse assunto da seguinte manei­ra: “Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40). O salmista, no hino de ingresso ao templo, declara: “Servi ao Senhor com alegria”. Esse sentimento deve ser constante no serviço cristão. O crente deve ter prazer no que faz servindo ao Reino de Deus. Por isso mesmo, aconselha o apóstolo: “Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportuni­dades” (Cl 4.5). “Quem não vive para servir, não serve para viver”.
CONCLUSÃO
Elisabeth Gomes, em seu livro “Ética nas pequenas coisas”, diz: “Deus espera de Seus filhos pecadores e redimidos pelo sangue de Jesus um padrão de excelência em tudo. Deste lado da glória não atingiremos perfeição no sentido de não pecarmos, mas somos aperfeiçoados a cada dia, à medida que nos achegamos Àquele que cumpre em nós o querer e o realizar”.
Na carta aos Romanos, Paulo diz: “Fo­mos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6.4).
A vida cristã é uma experiência que se re­nova a cada dia em nosso relacionamen­to com Deus e com o nosso próximo.

>> Autor da lição: Pastor João Arantes Costa
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista O Comportamento do Crente, da série Vida Cristã. Usado com permissão.

Tereré de ouro dos Paraguaios

O Brasil atravessa uma das suas piores crises institucionais da sua história, isso já é fato lavado, porém os brasileiros acreditam que assim como nosso país vizinho o Paraguay que ficou quase 40 anos nas mão do presidente ditador Alfredo Stroessner,  que hoje cresce pujante, com um grande polo industrial da America latina, aquele que era visto como um reduto da especulação dos brasileiros, americanos, franceses, chineses, Coreanos, Japoneses, Turcos enfim, hoje se regozija diante do seu crescimento espantoso.
Para entender a dimensão disso em 2017 de cada 10 empresas abertas no país vizinho 7 eram brasileiras. quais as vantagens? estabilidade nos juros, suporte nas áreas de implantações dos pólos,
incentivos fiscais e por ai vai.
Enquanto o Brasil cambaleia tentando se livrar dessa corja de políticos que são as velhas raposas do toma lá da cá, vamos vendo nossos ermanos tomando tereré em bombas de ouro e prata(bebida de erva mate) nós brasileiros vamos dividindo a tubaína em copo plástico com canudinho de papel. É mole ou quer mais.




Saiba como conquistar clientes com 5 dicas valiosas

Quem empreende está sempre procurando meios de aumentar as vendas e o faturamento. Por conta disso, muitos querem entender melhor como conquistar clientes. Esse é o seu caso? Então, continue a leitura deste texto!
Sabemos que consumidores estão cada vez mais exigentes em relação aos produtos e serviços que adquirem. É preciso ter uma marca bem posicionada no mercado e, ainda, ter à mão algumas estratégias para agradar ao público.
Para ajudar você e seu negócio, separamos 5 dessas táticas usadas por pequenas e grandes empresas de sucesso com objetivo de se destacar para a clientela. Confira!

1. Tenha um atendimento exemplar

Oferecer um bom atendimento é realmente um grande diferencial. Não é raro ouvirmos ou lermos sobre clientes completamente decepcionados, ou mesmo, revoltados com uma empresa por conta de um problema não solucionado.
Mudar esse cenário na sua corporação é uma forma de sair na frente da concorrência e, desse modo, se estabelecer positivamente por conta da forma que sua equipe atende as pessoas. Um atendimento ágil, empático e preocupado em resolver os problemas — em vez de criar outros — é um dos passos para conquistar clientes.

2. Faça vendas consultivas

O momento da venda também pode ser mais engajador para o seu público-alvo se seus funcionários passarem a realizar vendas consultivas. Nessa modalidade de atendimento, o vendedor está mais preocupado em ajudar o cliente a resolver seu problema do que apenas “empurrar” um produto a ele.
É necessário ser paciente, ouvir com atenção e oferecer soluções realmente úteis — quer elas envolvam o produto da loja, quer não. Esse estilo encanta a clientela, justamente, porque a marca mostra se importar de verdade. O resultado é um público fiel e satisfeito.

3. Tenha uma presença forte nas redes sociais

Quem quer estratégias sobre como conquistar clientes não pode deixar as redes sociais de fora. Elas passaram a ser grandes aliadas das marcas. Plataformas como o Facebook, Instagram e YouTube são mais do que espaços para mostrar a marca e anunciar produtos. São ferramentas de aproximação da empresa com seu público-alvo. Por meio das redes sociais você cria relacionamentos valiosos com os clientes em potencial, além de fidelizar as pessoas que já compraram com você, tornando sua marca amada por mais gente.

4. Estude o perfil do cliente

Um pré-requisito para conquistar clientes é entender quem, de fato, é o seu público. Do contrário, você direcionará seus esforços para o lugar errado, obtendo assim um menor resultado. Realizar um estudo profundo do perfil do consumidor é fundamental para todo empreendedor que quer saber como conquistar clientes. Entender esse aspecto fará com que seus produtos, discurso, ações e promoções atinjam o alvo certo.

5. Faça promoções e sorteios

Promoções e sorteios são mais uma maneira estratégica de atrair e fidelizar clientes. Esse tipo de ação mostra o cuidado da empresa em presentear o público com um produto ou serviço que tenha valor para ele. As promoções e sorteios ainda podem ser condicionadas a alguma iniciativa, como um valor mínimo de compras, um concurso cultural ou participação nas redes sociais.
Existem diversos itens que você pode oferecer em uma promoção ou sorteio. Um deles é a cesta básica! Ela tem um alto valor agregado e é uma opção certeira para qualquer público!
Esperamos que este conteúdo tenha te ajudado a perceber como conquistar clientes é uma tarefa simples, se você seguir as dicas certas. Comece agora mesmo sua estratégia, entrando em contato com a Cesta Nobre para planejarmos juntos uma ação que encantará seu público!






Defendendo princípios pentecostais: a questão do movimento do reteté

Não há na Bíblia nenhuma recomendação para que as igrejas pratiquem o reteté.
Apresento ao querido leitor do Gospel Prime algumas considerações que levei à 11ª Escola Bíblica de Obreiros (EBO) da Convenção Fraternal de Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus no Estado da Bahia, convenção esta que se reuniu entre os dias 29 de junho e 1 de julho em nossa capital. O tema da convenção era “Princípios: defendendo a nossa fé”, e planejei, como tema de minha preleção, o que consta agora como título deste artigo.

Os textos que nos serviram como ponto de partida foram os de I Co 13.11; 14.20-33, 39,40 e Cl 1.26,27, cuja leitura recomendo – os de I Co  referem-se ao exercício dos dons espirituais no culto, e os de Cl aludem ao “mistério”.
Sendo membro e ministro filiado a uma igreja pentecostal histórica (Assembleia de Deus), preocupo-me com algumas crenças associadas, na prática, ao Movimento Pentecostal, entre as quais se acha o denominado “reteté” (ou “repleplé”), o qual, embora estranho ao pentecostalismo histórico ou clássico, parece ser visto por muitos como a própria essência do pentecostalismo.
O reteté – uma praga surgida no seio das igrejas pentecostais na década de 1990 – caracteriza-se por comportamentos esquisitos durante o culto, erroneamente atribuídos ao exercício de dons espirituais num contexto de suposto derramamento do poder do Espírito.
Tais comportamentos anormais incluem cair ou dançar “no Espírito”, ficar estalelado no chão com os braços para cima, gritar (de alegria ou de angústia), urrar (como animais), deitar-se ou rolar no chão, sacudir-se, tremer compulsivamente, ficar em transe, sair correndo pelo salão da igreja, ropopiar, pular, movimentar o corpo para baixo e para cima, marchar, rir descontroladamente, espalmar as mãos e mover os braços de forma circular, entre outros. Algumas dessas atitudes lembram práticas de outras religiões, e já existem aqueles que, em reuniões da igreja, acham que precisam vestir roupa branca ou tirar os calçados dos pés quando assumem o púlpito.
Quando eu era criança, ouvia o termo “meninice” como forma de os assembleianos se referirem ao que hoje conhecemos por “reteté”. “Meninice” é vocábulo derivado do texto em que o apóstolo Paulo diz, tratando dos dons espirituais, que se comportava como menino na época em que era menino, vindo a agir como homem ao chegar à idade adulta (cf. I Co 13.11). Uma outra expressão utilizada pelos meus irmãos assembleianos para aludir a tal tendência era (e é) a mui eloquente (e bíblica) “fogo estranho” (cf. Lv 10.1-3).
A partir de textos como estes, os crentes e líderes assembleianos, de modo simples, mas arguto, reconheciam no reteté um fenômeno divorciado da fé pentecostal e próprio de crentes imaturos.
O termo “reteté” parece consistir numa onomatopeia derivada do som de pés batendo no chão, algo que se verifica frequentemente na atitude de adeptos desse movimento. Criou-se também, nesse meio, um dialeto próprio, que envolve termos como “canela de fogo”, “sapatinho de fogo”, “manto”, “fogo puro”, “terra”, “nébias”, num glossário utilizado tanto pelos praticantes do movimento como por alguns pentecostais clássicos, que o fazem comumente de maneira jocosa.
É importante reconhecer as razões pelas quais o reteté encontrou espaço no ambiente pentecostal, e talvez algumas dessas razões tenham cunho social, cultural e existencial: como as igrejas pentecostais são formadas principalmente por pessoas menos favorecidas, a pregação formal e a liturgia solene das igrejas históricas pode ter ensejado certo distanciamento entre a liderança e o povo, enquanto nas igrejas pentecostais há grande espaço para os leigos, que se manifestam pela oralidade e, no reteté, também pela “corporalidade”*, o que oferece uma sensação de pertencimento e de poder.
Diga-se, aliás, que um dos efeitos do reteté é o empoderamento de figuras aparentemente cheias do Espírito, não raro mulheres, ao lado das quais se veem pastores submissos, ao mesmo tempo encantados com tamanho “poder” e ávidos por auferir os benefícios de um público ampliado. Assim, mesmo igrejas que não ordenam mulheres ao pastorado acabam sendo, na prática, pastoreadas por algumas delas, sendo comum pessoas irem àquela igreja somente quando a irmã está ali “para revelar”.
Outro aspecto digno de nota é o abismo que existe entre três níveis de teologia pentecostal, como explicado pelo pastor e teólogo assembleiano Claudionor Correa de Andrade**: o nível oficial, o nível acadêmico e o nível místico.
Pensemos aqui no campo assembleiano, até porque se trata da maior igreja pentecostal (e evangélica) do Brasil, de onde surgiram tantas dissidências: enquanto o nível teológico oficial é aquele vertido nos livros editados pela CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus) e chancelados pelo Conselho de Doutrina da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), o nível místico é o popular, que nasce na vivência do povo; já o nível acadêmico tenta explicar o que acontece no mundo pentecostal, mas frequentemente de maneira pouco acessível ao público comum.

De toda maneira, uma simples pesquisa histórica é capaz de demonstrar que a Assembleia de Deus, tanto em sua teologia oficial como na prédica de seus pioneiros, não endossou o “fogo estranho”, assim como, em nossos dias, não o ratifica.
É certo que o pioneiro Gunnar Vingren passou por experiência incomum de riso (alguns chamam de “riso santo”), mas como reação emotiva à obra de Deus, e não como dom espiritual, marca do pentecostalismo ou experiência que deva ser normativa para o cristão.
Neste passo, chamemos à baila um depoimento do próprio missionário Gunnar Vingren sobre algo que testemunhou em Criciúma-SC***:
Primeiro cantaram um hino. Depois todos tiraram os sapatos e se deitaram no chão num círculo. Depois que todos haviam orado, começaram a pular e a dançar durante mais ou menos meia hora. Depois se puseram de joelhos outra vez e oraram. Eu os exortei a que deixassem essa coisa de dançar, pois isso não está escrito no Novo Testamento, e era uma bobagem que eles deviam abandonar. [Mensageiro da Paz, Ano 79, Número 1.494 – Novembro de 2009].
A Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil (publicada em abril de 2017) em nenhum momento aprova ou anuncia como marca do pentecostalismo aquilo que configura a essência do reteté. Não há no seu cap. XX (dedicado à doutrina do Espírito Santo) uma linha sequer defendendo tal conceito.
Há na internet pronunciamentos de diversos pastores assembleianos brasileiros contra o reteté: Antonio Gilberto, Claudionor Correa de Andrade, Elienai Cabral, Elinaldo Renovato de Lima, Daniel Nunes da Silva. De maneira muito clara e contundente, esses doutos pastores expressam a teologia oficial de nossa denominação. Semelhantemente, o célebre pastor pentecostal David Wilkerson criticou duramente esses cultos extravagantes.
Na história dos avivamentos, houve episódios caracterizados por comportamentos fortemente emocionais, o que não é exclusivo ao mundo pentecostal. Todavia, com o tempo as manifestações tendem a ser explicadas à luz da Bíblia ou controladas sob a supervisão da liderança pastoral, não podendo ser o centro das atenções no culto, nem descambar para o exagero.
Como explica o teólogo pentecostal Paulo Romeiro, movimentos religiosos passam por fases de entusiasmo, organização, educação e estagnação. Podemos afirmar que o reteté seria uma forma de ampliar exagerada e artificialmente a fase do entusiasmo, desconsiderando os bons frutos da educação teológica – é claro que não queremos ser vencidos pela fase da estagnação, mas para isso precisamos de verdadeiro avivamento, e não de “fogo estranho”.
O movimento do reteté parece muito com a “Benção de Toronto”, movimento surgido no início da década de 1990 no seio da Comunidade Vineyard (Videira) do Aeroporto de Toronto, igreja dirigida pelo pastor John Arnott e sua esposa Carol. A matriz da Comunidade Vineyard, pastoreada à época pelo americano John Wimber, é uma igreja da chamada “Terceira Onda”, muito diferente das igrejas pentecostais históricas, classificadas como sendo da “Primeira Onda”.
Em seu livro “Quando o Espírito vem com poder” (publicado pela ABU Editora), John White trata das manifestações espirituais com uma abordagem bíblica, histórica e psiquiátrica. Tendo conhecimento do Movimento de Vineyard, White busca discernir comportamentos biblicamente fundamentados daqueles que são meramente psicológicos ou até demoníacos.
Quanto à maneira de aferir se determinadas manifestações procedem de Deus, White sugere que se observem os “frutos” e também o “pomar”: os frutos são os efeitos que surgem a partir dali: se se produzem ou não mais evangelização, mais fervor, mais santidade, mais ética, mais desejo de conhecer a Bíblia; o pomar é o cenário em que ocorrem as manifestações, se caracterizado pela pregação da Palavra de Deus ou se condicionado por sugestões psicológicas, teatro ou palavras de incentivo a comportamentos bizarros.
Temos de deixar algo muito claro: não há na Bíblia nenhuma recomendação a que as igrejas pratiquem o reteté. E mais: não há personagens bíblicos que promovam o reteté em nome de Deus.
Pelo contrário, as recomendações do apóstolo Paulo quanto ao exercício dos dons espirituais falam de “ordem e decência”, da finalidade dos dons (edificação), da sujeição do espírito do homem ao próprio homem, da necessidade de ordenar e julgar as profecias, da necessidade de interpretar línguas quando estas venham a ser proferidas como discurso. Não há incentivo à desordem, à bizarrice, ao ridículo.
Houve, sim, eventos bíblicos extraordinários que produziram efeitos corporais: quando da dedicação do Templo em Jerusalém, a glória do SENHOR tomou a Casa de tal forma que os sacerdotes não conseguiam se pôr de pé (I Rs 8.10,11); Ezequiel caiu sobre o seu próprio rosto ao contemplar a glória do SENHOR (Ez 1.28; 3.23); Daniel desfaleceu em virtude das visões celestiais recebidas (Dn 10.7-21); Pedro, Tiago e João caíram diante da Transfiguração (Mt 17.12-6); João caiu “como morto” aos pés de Cristo glorificado (Ap 1.17). No entanto, trata-se de eventos especiais, que não podem servir de prescrição para a Igreja, segundo a regra hermenêutica de que “não se deve doutrinar a partir de narrativas”, ressalvando-se os momentos em que a própria narrativa se constrói com propósito doutrinário (caso de Lucas-Atos, em linhas gerais).
Desde, pelo menos, a década de 1990 o pentecostalismo brasileiro tem absorvido influências de igrejas da Terceira Onda como se fossem experiências essencialmente pentecostais, e igrejas chamadas “neopentecostais” têm influenciado a Assembleia de Deus (deveríamos ser mais neotestamentários e nunca “neopentecostais”, tendo em conta o que se acha debaixo do imenso guarda-chuva “neopentecostal”).
Além disso, e para nossa imensa tristeza, o pentecostalismo brasileiro tem sido minado também a partir de algumas igrejas e entidades assembleianas, como certos congressos de última hora, onde pregadores supostamente pentecostais deitam ideias amalucadas e promovem performances destrambelhadas, que nada têm que ver com a fé pentecostal, de modo que as novas gerações acabam imitando péssimos exemplos.
Por tudo o que ora se registra, deixo aos leitores as mesmas conclusões que pontuei aos irmãos presentes à referida EBO, com uma proposta ao final, que, da mesma forma, dirigi ao público presente. Vejamos:
1 – Se realmente consideramos que a Bíblia é nossa regra de fé e conduta, sendo autoritativa e suficiente, devemos rejeitar o ensino de que manifestações do Espírito não precisam ter fundamento bíblico.

2 – A hermenêutica pentecostal precisa estar firme em sua posição de hermenêutica cristã ortodoxa, sem se pautar pela experiência individual ou coletiva, mas por regras aceitáveis e pelo método histórico-gramatical, consagrado pela Reforma Protestante e referido pela Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil.
3 – Precisamos encurtar a distância entre a teologia oficial e a teologia popular, o que passa pelo controle do púlpito e pelo respeito aos elementos componentes do culto neotestamentário.
4 – Não podemos proibir as manifestações genuinamente espirituais nem desprezar as emoções em si ou os fatores sociais envolvidos, mas atuar de forma pastoral, com base numa boa teologia, para mostrar o que de fato é pentecostalismo, distinguindo-o do que não é.
5 – Precisamos incentivar a busca do dom de discernimento de espíritos, pouco popular em nosso meio.
6 – Não devemos cair no Espírito – o Espírito é que biblicamente cai nos crentes em Jesus.
Por fim, a proposta do autor é que o reteté seja explicitamente reconhecido como movimento herético, alheio ao pentecostalismo; que líderes adeptos do reteté sejam aconselhados a abandonar as práticas do movimento ou assumir a possibilidade de uma disciplina ética; e que os vocacionados ao diaconato e ao episcopado sejam orientados à ortodoxia pentecostal, sob pena de não serem ordenados a tais ofícios eclesiásticos.
*Para uma reflexão sobre oralidade e corporalidade  no campo pentecostal, sugiro a leitura do artigo acadêmico “Pentecostalidade e pentecostalismo: fatores de crescimento associados à oralidade”, escrito pelo teólogo assembleiano Claiton Ivan Pommerening e publicado na Azusa – Revista de Estudos Pentecostais, no seguinte endereço: http://azusa.faculdaderefidim.edu.br/index.php/azusa/article/view/8/7
**Declarações presentes em vídeo disponível no Youtube, assim como nos casos das citações aos pastores Antonio Gilberto, Elienai Cabral, Elinaldo Renovato de Lima, Daniel Nunes da Silva, David Wilkerson e Paulo Romeiro (todos pentecostais, é bom lembrar).
***A citação do missionário e pioneiro pentecostal Gunnar Vingren foi extraída do artigo “Gunnar Vingren incentivou ‘cultos’ extravagantes?”, da lavra de Gutierres Fernandes Siqueira e disponibilizado no blog Teologia Pentecostal, no seguinte endereço: ttps://teologiapentecostal.blog/2015/10/31/gunnar-vingren-incentivou-cultos-extravagantes/
Ministro do Evangelho (ofício de evangelista), da Assembleia de Deus em Salvador/BA. Foi membro do Conselho de Educação e Cultura da Convenção Fraternal dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus no Estado da Bahia, antes de se filiar à CEADEB (Convenção Estadual das Assembleias de Deus na Bahia). Bacharel em Direito.
PUBLICIDADEFonte: gospelprime











Cresça, amadureça dê lugar a idoneidade

Idoneidade, palavrinha que cada dia percebemos seu desuso e a pouca importância a esta qualidade que faz com que as pessoas sejam mais sensatas em suas atitudes, e é de salutar recomendação que estejamos atentos a cada atitude, ação, julgamento, participação, enfim a idoneidade deve estar presente em tudo que envolve em nossas vidas, até mesmo brincadeiras, que quando a fazemos sem o senso crítico da idoneidade, podemos comprometer pessoas, sentimento e até decisões importantes.

DEFININDO IDONEIDADE:

Idoneidade moral é o conjunto de qualidades que recomendam o indivíduo à consideração pública, com atributos como honra, respeitabilidade, seriedade, dignidade e bons costumes.
A idoneidade significa a qualidade de boa reputação, do bom conceito que se tem de uma pessoa.
Uma pessoa que possui idoneidade moral significa que ela é considerada honesta e honrada no ambiente em que está inserida, ou seja, é uma pessoa de bem, e esse requisito é avaliado a partir do cumprimento de normas e padrões.
Há pessoas que são como eternas crianças, nunca amadurecem, seu comportamento é irresponsável, seus tratos e a forma com que lida com as diretrizes da vida nota-se que são cheias de atitudes infantis, são pessoas que precisam viver debaixo de uma liderança ou um tutorial permanente para que ela não comprometa suas ações e e torne uma pessoa fracassada.
Você é uma pessoa IDÔNEA.
O que é uma pessoa idônea?
É aquela que, pelos seus modos, hábitos e costumes desperta confiança e outros sentimentos positivos de seus semelhantes. Uma pessoa idônea, de um modo geral, possui um padrão de ética e adota princípios inflexíveis para si, dos quais resulta o bom conceito de que desfrutam. Esse código e esses princípios via regra são mais ou menos os seguintes:
a) Cada indivíduo deve rigorosamente cuidar de sua própria vida, sem se preocupar com a de seus semelhantes. Deve haver entre todos uma inter-relação e uma cooperação, mas de forma alguma uma inter-ingerência. Cada um é senhor de si mesmo e toda a pretensão contrária peca por falta de legitimidade. Se, por uma razão qualquer, formos obrigados a dirigir nossa atenção em direção à vida alheia, deve ser sempre no sentido construtivo de auxiliar ou de orientar. Nunca de criticar, diminuir, agravar. Cada um que trate de seus problemas, portanto. O tempo é por demais escassos e temos um longo caminho a andar em nossa própria direção. Não há, portanto, tempo a perder preocupando-se negativamente com o que faz ou com o que não faz o nosso semelhante. A primeira norma, portanto, de uma pessoa idônea é um comportamento rigoroso e até mesmo intransigente nesse particular.

b) Não há tempo a perder. Tudo corre, tudo muda, tudo passa. AVANÇA. É preciso avançar também. Os olhos devem estar voltados para os horizontes que existem em frente. A vida corre muito depressa. Não é possível perder tempo com mesquinharias, porque ela possui muita grandeza. Por que se envolver em conflitos? Por que se preocupar com o lado negativo das coisas? Por que se ater ao lado triste, se existe o alegre; o mau, se existe o bom? O nosso pensamento deve estar objetivamente concentrado somente na direção positiva, fazendo o que é bom, adotando o que é bom, aceitando o que é bom e rejeitando categoricamente tudo o que seja contrário.
c) Aos outros o que é dos outros. Jamais devemos cobiçar o que não nos pertence, nem o que seja lícito ou passível de cobiça. Dentro dessa premissa, há necessidade de se manter a mais absoluta integridade moral, pessoal, econômica e social. Estes itens representam as bases em que se firma a idoneidade individual. Equivalem a dizer que a pessoa idônea possui uma série de qualidades apreciáveis que de forma alguma deixam de ser percebidas e que forma um verdadeiro padrão de sua existência. Entre essas qualidades são de particular revelo:
Escrúpulo em tudo o que faz
Nada é feito levianamente.
Ao defender ou ao procurar seus interesses, verifica, primeiramente, se há legitimidade nos mesmos e se não há o risco de prejuízos de terceiros.
Compra-se, paga.
Promete-se, cumpre.
Afiança-se, honra.
Diz-se sim, não se contradiz,
Diz-se não mantém o dito.
Não transige nem contemporiza.
É sim ou é não.
Não faz uso do talvez, quem sabe, eu acho e outros.
A objetividade é sua premissa básica.

Tudo o que faz obedece à ética e à honra
Uma pessoa idônea, em todos os sentidos, de forma alguma transige com coisas que digam respeito à moral, aos costumes e às convenções tidas, havidas e aceitas como boas. É, por isso, infensa ao aventureirismo, às improvisações e às ações a descoberto que podem comprometê-la ou prejudicar a outrem.
Não há, portanto, o que se admirar de a pessoa idônea despertar confiança aos outros e desfrutar de crédito em todos os sentidos, tanto no que diz respeito à sua vida econômica como à sua individualidade propriamente dita.
E agora? como está sua idoneidade?










CAMPO GRANDE EM FOCO - Pastor Elias Longo, é o novo presidente da Assembleia de Deus Missões.

    Na segunda feira, 31/03 pp, foi apresentado aos membros da Assembleia de Deus Missões em Campo Grande, seu novo pastor, a saber o pastor...